O ano mal começou e a Semana de Moda Masculina – Outono/Inverno 20/21, já apresentou quais serão os produtos que dominarão o guarda-roupa masculino no início desta década, e sintetizando as coleções, a imagem desse homem é muito cativante.
Veja abaixo algumas das principais tendências do Outono/Inverno 20/21:
ESTAMPAS
Nos últimos anos as estampas ganharam muita força na moda masculina; e nessa temporada não foi diferente. Elas despontaram em diversas marcas e com temáticas diferentes: em estampas lenço, lettering, florais e paisley, vale destacar este último, que foi o queridinho de várias marcas, dentre elas a Dior, Etro e Giorgio Armani.
Balmain – Fonte: Vogue/US.
Dolce & Gabbana – Fonte: Vogue/US.
Valentino – Fonte: Vogue/US.
Dior – Fonte: Vogue/US.
ACESSÓRIOS
Os acessórios comandaram as passarelas por meio de chapéus, toucas e até colares. Mas se fosse necessário eleger um acessório protagonista, certamente seriam as bolsas. Elas apareceram em várias versões; de pochete a bolsa saco, indo do divertido ao sóbrio.
Berlutti – Fonte: Vogue/US.
Loewe – Fonte: Vogue/US.
Gucci – Fonte: Vogue/US.
Salvatore Ferragamo – Fonte: Vogue/US.
ALFAIATARIA
Louis Vuitton, Ermenegildo Zegna e Prada investiram na alfaiataria “fora da caixa”. Com ternos recortados, abotoamento lateral e calças fusô (peça com uma tira de tecido que passa por baixo dos pés); as marcas provaram que é possível dar certo frescor aos clássicos da indumentária masculina.
Louis Vuitton – Fonte: Vogue/US.
Ermenegildo Zegna – Fonte: Vogue/US.
Prada – Fonte: Vogue/US.
Indo além dos looks; essa temporada ainda propôs pertinentes reflexões sobre o impacto da moda no meio ambiente e como a nova geração de homens encara pautas atuais como a construção social de gênero.
A marca Ermenegildo Zegna está tão focada em reduzir seus resíduos têxteis e desperdícios, que além de utilizar tecidos reciclados em vários looks, empregou tecidos excedentes de seis coleções passadas na cenografia do desfile.
Desfile da Ermenegildo Zegna – Fonte: The New York Times.
A Emporio Armani seguiu a mesma direção, criando 18 looks com tecidos reciclados, regenerados e orgânicos. Por fim, para garantir que deixou sua mensagem clara, a marca destacou a frase “Estou dizendo sim para a reciclagem” em jaquetas e no cenário do desfile.
Desfile da Emporio Armani – Fonte: The New York Times.
A coleção da Gucci, criada por Alessandro Michele, desconstruiu a imagem masculina tradicional, expandindo seus limites e tornando-a mais fluida e andrógina.
“Esta não é uma narrativa que aplica regras ou exclua a masculinidade convencional; pelo contrário, quero falar sobre o quão complexo é ser homem. E isso significa crescer talvez de uma maneira diferente, porque o mundo dos homens é muito diversificado e cheio de elementos diferentes, como o mundo feminino. ”
Alessandro Michele
Desfile da Gucci – Fonte: Site da L’Officiel.
Pierpaolo Piccioli, designer da Valentino, também abordou as mudanças sociais em termos de gênero, por meio de uma coleção que celebra a sensibilidade masculina.
“A vida precisa de emoções. E nas ultimas duas décadas os homens mudaram muito por causa das mulheres e por causa de como o trabalho mudou. ”
Pierpaolo Piccioli
Desfile da Valentino – Fonte: Site da L’Officiel.
Com tantas ponderações e novidades esse novo decênio promete ser intensamente transformador e estimulante.
Até a próxima!